Vidoe que circula nas redes sociais, relata os valaoes gastos com o o exercicio dos mandatos políticos
O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) reacendeu o debate sobre a reforma política ao defender o fim da reeleição no Brasil durante uma sessão no Congresso Nacional. A proposta busca reestruturar o sistema eleitoral e aprimorar a democracia brasileira, colocando um fim na possibilidade de recondução consecutiva ao mesmo cargo eletivo.
— Eu quase não vejo nenhum político falando sobre isso. Isso aqui não é para ofender ninguém, mas a gente precisa disso. Já passaram várias reformas: reforma trabalhista, reforma da Previdência. Qual é o problema de a gente passar uma reforma administrativa, uma reforma política e uma reforma moral neste país? (…) O Congresso Nacional tem de começar a debater isso, até porque você pagar R$ 5 bilhões para políticos… Eu ouvi falar, durante a campanha e agora depois da campanha, que teve políticos, candidatos que usaram até para estética o fundo eleitoral. Até quando a gente, a população brasileira pagadora de impostos, vai aguentar isso?
Fonte: Agência Senado
Cleitinho argumenta que a reeleição contribui para a perpetuação de políticos no poder, o que pode gerar desigualdade na disputa eleitoral e favorecer a formação de verdadeiros “currais eleitorais”. Segundo o parlamentar, a mudança traria mais equilíbrio e competitividade ao cenário político.
“A reeleição desequilibra o jogo democrático. O político que já está no poder tem uma vantagem absurda sobre os demais concorrentes, seja pelo uso da máquina pública ou pela estrutura consolidada de sua campanha. Precisamos acabar com isso para dar espaço ao novo, à renovação e à verdadeira vontade popular”, afirmou o senador.
Se aprovada, a medida deve alterar profundamente o panorama eleitoral do Brasil. Prefeitos, governadores e presidentes da República não poderiam disputar dois mandatos consecutivos, tornando obrigatório o afastamento após a conclusão do mandato. A ideia de Cleitinho é somar essa proposta a uma revisão mais ampla, envolvendo também a redução do número de parlamentares e outras mudanças administrativas.
Para especialistas, o fim da reeleição poderia mitigar práticas clientelistas e incentivar uma gestão mais voltada para resultados concretos no curto prazo. No entanto, críticos alertam que o debate precisa envolver a participação ampla da sociedade e ser conduzido com cuidado para evitar efeitos colaterais, como o aumento do populismo.
A defesa do senador será debatida em comissões e pode compor uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que precisará passar por votação no Congresso. A articulação política já começou, e a iniciativa conta com apoiadores e detratores tanto entre os pares do senador quanto na sociedade civil organizada.
Com o país às vésperas de novos ciclos eleitorais, o tema promete ser uma das pautas centrais nas discussões sobre o futuro político do Brasil. Cleitinho reforça seu compromisso com a transparência e o combate à corrupção: “Precisamos devolver a política às mãos do povo. A alternância de poder é saudável para nossa democracia.”