O Programa Belo Horizonte Inteligente (BHCI) da Prefeitura foi reconhecido no “Smart Cities Study 2023”, um estudo mundial realizado pela organização internacional Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). Dentre os mais de 240 mil membros da organização espalhados pelo mundo, a capital mineira foi a única cidade brasileira selecionada para compor o estudo, demonstrando o impacto e a relevância de Belo Horizonte em termos de estrutura e estratégia de internacionalização.
O estudo sobre cidades inteligentes com a temática de “Cidades como ecossistema de inovação que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” destaca o BHCI na categoria de Governança e chama atenção para sua eficiência ao integrar as diversas políticas e projetos dos órgãos e entidades da PBH.
“Belo Horizonte, mesmo sendo uma jovem cidade, com 126 anos e tendo sido uma das primeiras capitais planejadas do país, enfrenta os desafios de um grande município, com mais de 2,5 milhões de habitantes. Por isso, uma das principais iniciativas do poder municipal nas duas últimas gestões foi investir em inovação, modernização e tecnologia para lidar com os desafios urbanos. Foi por isso que criamos o Programa Belo Horizonte Cidade Inteligente”, explica o diretor-presidente da Prodabel e coordenador do BHCI, Jean Mattos Duarte.
“Com o programa, encontramos formas inovadoras de executar políticas públicas, de monitorar e conhecer o espaço urbano e de atender as demandas dos munícipes, dentro de um ecossistema capaz de promover o desenvolvimento econômico e proporcionando qualidade de vida para as pessoas”, comenta o coordenador do BHCI.
O diretor de Relações Internacionais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Bernardo Ribeiro, também destaca a importância da participação na pesquisa: “O estudo permite que Belo Horizonte se posicione estrategicamente no centro da comunidade internacional de cidades, baseado em nossos interesses, nas nossas potencialidades, e possibilita que BH busque referências em outras cidades de todo o mundo para desenvolver novas políticas públicas”.
O estudo
O “Smart Cities Study” é realizado anualmente, em uma parceria entre a CGLU e a prefeitura da cidade de Bilbao, na Espanha. Seu objetivo é visualizar e entender o cenário atual, trazendo cases de sucesso no conceito de cidades inteligentes, vinculando isso aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).
O processo de análise começa com uma reunião com todos os membros da rede para apresentação da proposta, seguido pela abertura de um formulário e sessões online de intercâmbio de boas práticas, de onde serão selecionadas as políticas de destaque a figurar no estudo. Todas as cidades participantes do CGLU puderam participar e enviar os seus formulários.
No caso de Belo Horizonte, o estudo aponta os resultados em quatro campos de atuação em governança: transparência, governo digital, administração digital e dados abertos.
“São áreas que podem ser mensuradas no BHCI. Proporcionamos aos cidadãos o acesso às informações, com transparência em todas as operações. Envidados esforços com o uso de TICs e plataformas de governo digital com impactos na administração pública, provendo acesso online a informações, atendimento do cidadão, desde o acesso fácil e gratuito a dados, com maior transparência, chegando à resolução de diversas demandas e solicitações de serviços. Isso tudo com segurança de informações, levando agilidade, atendimento público das necessidades, redução de custos e, é claro, gerando bem-estar e valor público para o cidadão”, explica Jean Mattos.
A rede Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU)
A organização Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) é a maior rede de governos locais e regionais do mundo, responsável por representar e defender os interesses dos governos locais mundialmente.
Belo Horizonte, além de membro da rede, foi eleita para compor o Conselho Mundial, onde algumas cidades são escolhidas para representar determinadas regiões, e também o Conselho Político de Multilateralismo Local e Diplomacia de Cidades.
Bernardo Ribeiro representa o município nas reuniões do Conselho. “Belo Horizonte não é a única cidade brasileira membro da CGLU. Mas acabou se tornando referência pelas estratégias e atuação na temática de cidades inteligentes e outros temas, como ODSs e diplomacia de cidades, e por isso está presente em todos os fóruns e debates promovidos pela entidade”, diz Ribeiro.