Presidente da Áustria cancela ida à COP30 devido aos custos

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Foto: Carlos Fabal/AFP

Alexander Van der Bellen ressaltou importância de Belém como sede da Conferência, mas disse que “custos logísticos” e “orçamento restrito” inviabilizam viagem. Cidade tem sido palco de explosão de preços de hospedagem.

Brasil é pressionado a encontrar soluções

A escassez de alojamento em Belém, que nunca havia sediado um evento dessa magnitude, tem sido motivo de preocupação desde que a escolha da cidade como sede da COP30, há um ano e meio.

A expectativa é que a cidade receba cerca de 50 mil participantes de quase 200 países, mas o plano inicial dos organizadores previa um teto de 36 mil camas.

A escassez, somada à falta de controle de preços, tem levado alguns hotéis e particulares que listaram suas residências em sites de hospedagem a cobrar preços que superam R$ 30 mil e até R$ 297 mil ao longo das onze noites do evento.

O Brasil passou a ser pressionado a revisar sua estratégia de acomodação para as delegações que pretendem visitar a capital paraense, sob o risco de o evento acabar esvaziado. Diversos países reclamam dos preços cobrados por hotéis e hospedagens.

Em julho, um grupo de países africanos solicitou aos organizadores uma mudança de sede que permita hospedagem a todos os negociadores. O governo brasileiro chegou a anunciar que 98 países em desenvolvimento terão acesso prioritário a 3,9 mil quartos disponibilizados em dois cruzeiros durante a Conferência, além da abertura de alojamentos em escolas e prédios públicos, o que não foi suficiente para suprir a demanda.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, reconheceu que existe um “sentimento de revolta” por parte das nações em desenvolvimento devido aos altos custos, que ameaçam inviabilizar a diversidade no evento.

 Com informações do Portal DW
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