Parte dos motoristas de aplicativo de transporte de passageiros em Minas Gerais aderiram a uma paralisação nacional e estão com os carros parados e plataformas desligadas nesta quarta-feira (17).
O movimento reivindica reajuste de tarifas com o aumento no valor de combustíveis e pede o fim de promoções realizadas pelas empresas, que, segundo a categoria, reduzem a remuneração final.
No Estado, o presidente do Clube dos Motoristas de Aplicativos, Warley Leite, afirma que a “maioria (dos condutores inscritos nas plataformas de transporte de passageiros) aderiu ao protesto”. Em média, eles recebem R$ 1,18 líquidos por quilômetro rodado.
“Isso se dá pela precarização do serviço. São seis anos sem reajuste nas tarifas repassadas pelos aplicativos aos motoristas. A situação está insustentável. Houve aumentos de combustíveis e outros insumos necessários para o desenvolvimento da atividade”, disse.
Outra reclamação da categoria é referente aos valores promocionais propostos pelas plataformas, com tarifas que chegam a ser 30% mais baratas. “Estamos na pandemia e as empresas estão reduzindo os valores das tarifas, brigando entre elas e lançando categorias mais baratas, como o caso do Uber Promo e 99 Poupa. Isso em plena pandemia, onde nossa demanda caiu cerca de 60%. Motoristas que alugavam carros estão devolvendo por não ter como pagar”, afirmou.
Warley Leite reconhece que há motoristas não participando do movimento. “Sabemos que nem todos vão aderir, temos muitos parceiros que estão com falta de alimento em casa. Mas realmente está insustentável. A conta não fecha”, concluiu.