Tumulto no transporte coletivo de Governador Valadares

0
20
- Publicidade Capital -

Muitas pessoas que utilizam o transporte público em Governador Valadares estão com problemas na autenticação dos cartões vale-transporte. Desde o último sábado (8), os que não possuem dinheiro para pagar o valor da passagem precisam descer do ônibus e procurar outro meio de ir ao trabalho, escola, faculdade, ou qualquer que seja o destino.

Antônio Carlos Vieira utiliza o transporte diariamente e no último sábado foi pego de surpresa pelo problema. “Eu fui passar o cartão e ele não passou, sendo que o cartão está carregado desde o dia primeiro. Eu liguei para a firma e o pessoal não sabia de nada. Eu tive que descer do ônibus porque eu não estava preparado, não sabia. Tive que ir embora a pé”, conta.

Migração do sistema

A empresa responsável pelo sistema informou que a migração do sistema teve início em maio deste ano e que durante os dias de migração os cartões funcionavam normalmente. O município possuí em média 100 mil usuários do transporte público e, de acordo com a empresa, cerca de 80% dessas pessoas conseguiram efetivar transição. Os que não conseguiram, foram orientados a procurar a sede principal e fazer a mudança diretamente com o serviço de atendimento ao usuário.

O gerente da empresa, Roberto Samuel, garantiu que todo o processo foi comunicado aos usuários. “No dia 25 de maio foram migrados todos os cartões de estudantes, no dia 1º de junho, todas as gratuidades e neste final de semana nós migramos todos os cartões de vale-transporte, pessoal e portador municipal. Todos foram devidamente avisados, com avisos dentro dos ônibus. No caso das gratuidades foram procuradas as secretarias competentes, no caso do vale-transporte foi encaminhado um comunicado a todas as empresas e clientes”, explica.

Com o problema em alguns cartões, quem precisou pagar a passagem no dinheiro arcou com a diferença no valor, já que apenas usuários do cartão de transporte podem pagar o preço com o desconto. “O dever deles é cobrar R$ 3,75 e cobraram R$ 4,30. Eu tive que tirar do meu bolso, porque o mecanismo deles falhou”, conta um passageiro que não quis se identificar.

Ainda segundo a empresa, a sede no Bairro Vila Bretas está disponível para solucionar o problema e fazer com que todos possam voltar a usar normalmente seus cartões. O gerente, Roberto Samuel, também explica que o problema não é uma falha do sistema. “Pode ser um uso indevido do cartão, a idade do cartão, o tipo de uso. Ele é igual um cartão de banco, tem seus problemas, tem sua vida útil. Se ele não for tratado de forma especial, ele acaba estragando”.

A empresa não informou se vai ressarcir os usuários que tiveram problemas, mesmo tendo crédito no cartão.

Reprodução/Inter TV dos Vales

- Publicidade capital -