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Trinta morrem em tiroteios no Texas e Ohio

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EL PASO, Texas/LOS ANGELES (Reuters) – Trinta pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em dois tiroteios que aconteceram em um intervalo de 13 horas nos Estados Unidos, chocando o país e fazendo com que alguns políticos pedissem controle de armas mais rigoroso.

O primeiro massacre ocorreu na manhã de sábado na cidade de El Paso, na fronteira com o México, onde um homem armado matou 20 pessoas em uma unidade do Walmart antes de se entregar à polícia.

O governador do Texas, Greg Abbott, disse que o ato parecia ser mesmo um crime de ódio, e a polícia citou um “manifesto” atribuído ao suspeito, um homem branco de 21 anos, como evidência de que o derramamento de sangue tinha motivação racial.

Em outro lado do país, um atirador abriu fogo no centro de Dayton, Ohio, matando nove pessoas e ferindo outras 26, segundo a polícia e o prefeito da cidade. O agressor foi morto a tiros pela polícia.

O tiroteio em El Paso reverberou na campanha eleitoral para a eleição presidencial do ano que vem, com vários candidatos democratas denunciando o aumento da violência armada e pedindo repetidas vezes por medidas mais rigorosas de controle de armas.

Pelo menos dois candidatos, o prefeito Pete Buttigieg, de South Bend, Indiana, e o ex-congressista nativo de El Paso, Beto O’Rourke, estabeleceram conexões entre o tiroteio e o ressurgimento do nacionalismo branco e da política xenofóbica nos Estados Unidos.

“A América está sob ataque do terrorismo nacionalista branco local”, disse Buttigieg em um evento em Las Vegas.

Donald Trump

O presidente Donald Trump classificou o tiroteio como “um ato de covardia”, dizendo em um post no Twitter: “Eu sei que estou com todos neste país para condenar o ato odioso. Não há razões ou desculpas que justifiquem a morte de pessoas inocentes”.

Uma característica da presidência de Trump tem sido sua determinação em conter a imigração ilegal. Os críticos dizem que a retórica utilizada em torno da questão, bem como outros comentários sobre as minorias, é divisiva e alimenta o racismo e a xenofobia.

O papa Francisco condenou a onda de ataques contra “pessoas indefesas” nos Estados Unidos, incluindo um ataque violento no domingo passado em que um atirador matou três pessoas e feriu cerca de uma dúzia em uma festa do alho em Gilroy, na Califórnia.

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