
Em julgamento por videoconferência nesta quinta-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou recurso do Brusque e determinou a devolução de três pontos ao clube catarinense na Série B do Campeonato Brasileiro.
Em 24 de setembro, o Brusque havia sido punido pelo mesmo STJD com a perda de três pontos por injúria racial contra o jogador Celsinho, do Londrina. A ofensa partiu de Júlio Antônio Petermann, presidente do Conselho Deliberativo do clube.
Na súmula da partida entre Brusque e Londrina, o árbitro Fábio Augusto Santos Sá relatou que o meia ouviu a frase “vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha”.
O time catarinense e o conselheiro foram enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e responderam por “ato discriminatório”. Além da perda de três pontos, o Brusque foi multado em R$ 60 mil. Já o dirigente foi suspenso por 360 dias e multado em R$ 30 mil.
Nesta quinta-feira, o recurso do clube foi aceito pelo STJD pela maioria dos votos dos auditores.
Mudança na tabela da Série B
Com a recuperação dos pontos, o time catarinense chega a 44 e sobe para a 14ª colocação na Série B, três posições atrás do Cruzeiro, que tem 46.
A Raposa entra em campo às 21h desta quinta-feira para enfrentar o Sampaio Corrêa, em São Luís (MA). Com chances ínfimas de rebaixamento, o time celeste precisa pontuar para garantir matematicamente a permanência na Segunda Divisão.
Julgamento do Cruzeiro
O próprio Cruzeiro pode ser punido pelo STJD em situação similar à do Brusque. O clube se tornou reú no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em razão de um caso de injúria racial cometido por um torcedor do clube estrelado contra o jogador Jefferson, do Remo, no duelo entre as equipes no dia 28 de outubro, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
Em comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira, o Cruzeiro afirmou que não há prova inequívoca sobre as palavras proferidas pelo homem acusado do crime, já que o áudio não estaria claro, mas que, mesmo assim, agiu sem ser demandado para tratar do assunto.