O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindpol) lamenta a falta de diálogo com o governo do Estado sobre a negociação das perdas inflacionárias entre os anos de 2015 e 2022. Segundo o presidente do Sindpol e da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Sudeste (Feipol), Wemerson Oliveira, a categoria tenta negociar as perdas há muito tempo.
“A luta é árdua desde o início do governo Zema porque ele é um governador que não dialoga com a categoria, não dialoga com servidores públicos. Pra conseguir uma recomposição de 10,06% do ano de 2021, tivemos que colocar mais de 35 mil policiais nas ruas, com uma mega manifestação”, comenta.
No ano de 2019, houve uma negociação entre o governo do Estado e categorias de representação dos agentes de segurança pública, onde ficou definido um parcelamento das perdas inflacionárias de 2015 até aquele ano. No entanto, o governo pagou apenas uma parcela, em 2020.
“Isso foi um Projeto de Lei acordado com o governador Romeu Zema, ele apresentou o PL na Assembleia Legislativa, e depois ele vetou as duas últimas parcelas, cada uma de 13%. Então, ele não cumpriu uma lei que ele mesmo propôs”, analisa o presidente do Sindpol
Ao todo, segundo Wemerson Oliveira, a perda inflacionária da categoria, até o ano de 2022, chegou ao montante de 35,44%. “Já estamos chegando no final do ano, logo terá um novo índice inflacionário e vamos ultrapassar os 40% de perdas no poder de compra da categoria, por exemplo”, explica.
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“Nosso intuito não é bater no governo, é mostrar para a sociedade que quem é o governador do Estado, é um chefe de Executivo que, infelizmente, está precarizando os serviços públicos”, finaliza.