Uma extensa área verde bem no coração de um centro urbano: assim é o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, que completa 126 anos na próxima terça-feira (26). Projetado no final do século XIX, em estilo romântico inglês, o espaço de 182 mil metros quadrados abriga nascentes, diferentes espécies de plantas e de animais silvestres e uma vasta vegetação paisagística e também natural, que contribui como beleza cênica e também exerce importantes papéis ambientais, dentre eles, ajudar a amenizar o clima da região.
Toda essa riqueza natural encanta as pessoas, que aproveitam o lugar para a prática de atividades físicas, piqueniques, descanso, lazer e entretenimento. Além de ser patrimônio ambiental e cultural da cidade, o Parque também é palco para a criação de memórias afetivas de muitos belo-horizontinos.
É o caso de Cláudio de Salvo, 57 anos, que explica como o local está presente há muitos anos na sua vida e também na de seus filhos. “O Parque Municipal faz parte da minha história desde a mais tenra idade. Inclusive, eu tenho imagens que só sei que eu estava lá por causa das fotos, era bem menininho. Na adolescência, eu me lembro bem do Coreto, foi palco para namoros, para flertes, ali na década de 80. Não dá nem para enumerar a quantidade de coisa que eu passei no Parque, as várias peças de teatro que eu assisti no Francisco Nunes, shows, incursões muito legais. Depois de adulto, tive a oportunidade de repetir toda essa coisa da brincadeira com meus filhos lá”, conta.
Já para Eliziane da Silva Nogueira, 38 anos, o Parque representa proximidade, afetividade e a sensação de se estar em casa. “Frequento o Parque Municipal desde criança e ele representa muito mais do que uma área verde, é a extensão do nosso quintal. Ele é o guardião de muitas histórias recheadas de muito amor, amizade e travessuras. Gostaria de agradecer imensamente ao Parque e a todas as pessoas que contribuem com dedicação e carinho para manter esse espaço vivo e acolhedor para todas as famílias belo-horizontinas e seus visitantes, desde a sua fundação. Parabéns, Parque Municipal Américo Renné Giannetti! Você é muito importante para nós!”.
Atividades permanentes e gratuitas no parque
O Parque Municipal conta com atividades permanentes e gratuitas que estimulam a sua ocupação, além de promover saúde e bem-estar. Durante todo o ano, aulas de Tai Chi Chuan são realizadas na Praça do Trenzinho. A prática da arte marcial chinesa ocorre sempre aos sábados, das 8h às 9h30, e conta com a total aprovação dos participantes.
“Frequento o Parque Municipal desde jovem, ele é a liberdade das pessoas em meio à natureza. Abraçados pelas árvores, podemos pensar melhor. Podemos encontrar pessoas livres para praticar esportes, para praticar o equilíbrio… O tai chi chuan no Parque é dádiva. Dádiva de equilíbrio e encontro com as pessoas. É saúde para concentrar no que importa, na beleza da vida. O Parque Municipal é saúde pura porque lá encontramos pessoas mais felizes e descansadas porque o verde da natureza acalma e as pessoas podem relaxar o tempo todo”, conta Deborah Gusmão Aguiar, 46 anos, praticante de tai chi chuan.
Além de ser um convite para os cuidados com o corpo e a mente, o local também é um estímulo à contemplação e contato mais próximo com a biodiversidade. “Eu frequento o Parque há muito tempo, pelo menos 10 ou 15 anos. O Parque Municipal significa um ambiente de bastante calma, quietude, mas também de contemplação, de ver o próprio movimento natural dos animais, das estações. Quando eu quero ver melhor, sobretudo a Primavera, vou ao Parque que é bastante florido, cheio de árvores. Dá para entender bem ali os movimentos das estações, o que me causa bastante bem-estar“, pontua Mateus Oliva da Costa, 32 anos, visitante e instrutor de tai chi chuan.
“Sou praticante do tai chi chuan há mais de 10 anos, faço aos sábados, e antes mesmo de morar em Belo Horizonte, nas férias, eu já fazia. Eu acabei me tornando instrutor também dessa prática. Desejo que o Parque Municipal dure muito tempo para que meus filhos, netos; os filhos e netos de todos os meus amigos e familiares possam conhecer o Parque e que ele continue sendo esse lugar de cultura, de preservação do meio ambiente e um ponto de contemplação do natural no meio do urbano”, acrescenta.
Outra atividade tradicional oferecida no Parque, desde 2009, é o liang gong, cujas aulas são promovidas por meio do programa “Lian gong em 18 terapias”, do SUS BH. Segundo a médica e coordenadora do programa, Luzia Hanashiro, a proposta da atividade encaixa perfeitamente com a riqueza natural do local.
“O Lian Gong é uma ginástica terapêutica chinesa, baseada na medicina tradicional chinesa. O Parque faz parte de um cardápio grande de oferta de Lian Gong, conforme a proposta de saúde da família no SUS BH. Fazer Lian Gong no Parque Municipal é tudo de bom porque vai ao encontro da proposta da medicina tradicional chinesa que é valorizar e utilizar os espaços verdes. Então, a prática nesse espaço natural, tão bonito, também possibilita defender e estimular a participação dos praticantes em um espaço público de referência que a gente tem. O Brasil inteiro conhece essa atividade no Parque. Esse é um local muito respeitado, muito valorizado e tem pessoas que vêm de longe, de outras cidades, para fazer a prática. Eu gostaria de parabenizar a direção do Parque que tem nos acolhido desde 2009. Desejo que o Municipal fique a cada dia mais bonito e que, em cada aniversário, mais pessoas possam usufruir desse espaço”, explica Luzia. As aulas de lian gong também são aos sábados, a partir das 8h30, na Pista de Patinação.
Há, ainda, no primeiro domingo de cada mês, a partir das 9h, a aula de yoga, sendo um convite para quem busca mais concentração e equilíbrio entre o corpo e a mente.
Todas as aulas são gratuitas, abertas ao público e não é necessária a inscrição prévia. Para o melhor aproveitamento das atividades, recomenda-se a utilização de roupas leves e também levar uma garrafinha de água. Os praticantes da yoga também devem levar um tapetinho ou canga.
Ampliação no horário de funcionamento
Buscando atender a uma demanda da população, desde março deste ano, o Parque teve seu horário de funcionamento ampliado, ficando aberto de terça a sábado, das 7h às 21h (com entrada permitida até as 20h30) e aos domingos das 7h às 17h (com entrada permitida até às 16h30). Com isso, os visitantes ganham mais tempo para aproveitar o espaço, principalmente as pessoas que querem visitar o parque ou praticar sua atividade física depois do trabalho.
Para garantir a segurança, foi feito o reforço na equipe da Guarda Civil Municipal que já atende ao parque. Além do efetivo que atua a pé, é realizado o patrulhamento motorizado e câmeras de segurança.
Comemoração de aniversário antecipada
Para uma data especial, nada melhor que uma boa música ao ar livre. No domingo (24), às 10h30, o Parque recebe mais uma edição da série “Concertos no Parque”, com a obra sinfônica “Suíte do Cigano”, de Márcio Borges, em parceria com a maestrina Claudia Cimbleris. Márcio é um dos criadores e principais letristas do Clube da Esquina que, além de revolucionário movimento musical ou grupo, representa, antes de tudo, amizades e arte que persistem.
A apresentação, dentro das comemorações dos 60 anos do encontro entre Milton Nascimento e Márcio Borges – gênese do Clube da Esquina – é da Fundação Clóvis Salgado (FCS) com execução da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), sob regência do maestro convidado, Marcelo Ramos.
Também no domingo, haverá uma aula especial de yoga, meditação e música, das 7h às 9h, na Pista de Patinação.
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Atividades permanentes e gratuitas no Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Av. Afonso Pena, 1.377 – Centro)
Aula de Tai Chi Chuan, na Praça do Trenzinho
Todo sábado, das 8h às 9h30
Aberto a todos os interessados. Utilize roupas confortáveis.
Aula de Lian Gong – Pista de Patinação
Todo sábado, das 8h30 às 9h30
Aberto a todos os interessados. Utilize roupas confortáveis.
Aula de Yoga – Pista de Patinação
Todo 1º domingo do mês, às 9h
Aberta a todos os interessados. Utilize roupas confortáveis e leve um tapetinho ou
canga.
