Foi sofrido, com muita emoção, mas o Brasil segue vivo na briga pelo bicampeonato olímpico. Após empatar em 0x0 com bola rolando contra o México, Santos e a trave colocaram a seleção canarinho em vantagem. A boa pontaria tratou de incluir o nosso time na final das Olimpíadas.
Agora, o Brasil espera o vencedor de Japão e Espanha, que entram em campo a partir das 8h desta terça-feira (3/8).
Após lesionar a coxa contra o Egito, Matheus Cunha não foi a campo. Ele, que foi substituído por Paulinho contra o México, é duvida para a decisão. A partida do ouro será realizada no próximo sábado (7/8), às 08h30, no estádio de Tokohama, mesmo palco do penta em 2002.
O jogo foi muito melhor para o Brasil. Dominante, com um time muito habilidoso e rápido, a seleção canarinho dominou o México do início ao fim, criou algumas chances de gol, mas parou em Ocho, em fracas finalizações e, em uma oportunidade, na trave
O controle do jogo por parte da equipe de Jardine foi bem claro. Nos quatro tempos, somando também os 30 minutos da prorrogação, a menor posse de bola brasileira foi 65%, na segunda etapa do tempo regulamentar.
O Brasil teve duas grandes chances de marcar. No primeiro tempo, Guilherme Arana recebeu boa bola de Bruno Guimarães, contou o corta-luz de Claudinho e chutou forte. Foi a primeira boa defesa de Ocho no jogo. O arqueiro adversário também foi seguro quando Daniel Alves cobrou falta com muita força.
Os minutos finais da primeira etapa assustaram os brasileiros. Até o momento sem grandes chances de marcar, os mexicanos emplacaram três grandes oportunidades.
Aos 41 minutos, Santos salvou o Brasil em um chute forte de Romo. Quatro minutos depois, Diego Carlos travou Antuna na hora da finalização e jogou a bola para escanteio. Na cobrança, Martín subiu sozinho e escorou o cruzamento de escanteio para fora.
A segunda etapa seguiu com o domínio brasileiro, que comandava as ações e era muito melhor que o México, mas não conseguia balançar as redes. Com o passar do tempo, o jogo foi tomando contornos dramáticos.
Os mexicanos abriram a caixa de ferramentas e passaram a fazer um rodízio de faltas. Em uma delas, após Loroña acertar Reinier com o braço, o tempo fechou e o clima ficou pesado, mas logo foi controlado pela turma do “deixa disso”. Os dois receberam o cartão amarelo.
Richarlison, artilheiro da competição, teve a bola da classificação brasileira, mas a trave não o permitiu sair para o abraço. Daniel Alves colocou a bola na cabeça do Pombo, que escorou bonito, mas acertou o poste. No rebote, ele cruzou para trás, mas Martinelli não alcançou a redonda.
Com o zero insistindo em continuar no placar, a decisão do primeiro finalista em Tóquio foi para a prorrogação.
O tempo extra não trouxe grandes emoções. Com as duas equipes temendo se arriscar, a briga no meio campo definiu os 30 minutos finais e levou a disputa para os pênaltis.
Nas cobranças, os brasileiros escolheram bater primeiro e jogaram a pressão para cima dos mexicanos. Após Daniel Alves marcar o primeiro, Aguirre abriu a série perdendo sua cobrança para a seleção verde. Vásquez também perdeu e deixou o Brasil na boa para avançar.
Reinier foi o último a cobrar e fechou a classificação da Seleção Brasileira após o 4×1 nos pênaltis.
Brasil: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos, Guilherme Arana; Douglas Luiz (Matheus Henrique), Bruno Guimarães, Claudinho (Reinier) e Antony (Malcom); Richarlison e Paulinho (Martinelli). Técnico: André Jardine.