Em 11 de outubro será anunciado o ganhador do prêmio Nobel da paz para este ano. Na verdade, em praticamente todas as modalidades, o prêmio Nobel é uma premiação muito mais de cunho político-ideológico e midiático do que realmente uma premiação por ações verdadeiramente meritórias em favor da humanidade.
E a novidade de última hora é a possibilidade, muito bizarra, de que a menina esquisita Greta Thunberg seja escolhida para receber ou dividir o prêmio com outros eventuais escolhidos.
Thunberg ficou famosa ao fazer, dias atrás, um discurso altamente histérico e irado na Assembleia Geral da ONU. No auge de seus 16 anos, a menina abraçou, com paixão extrema, a tese de que as mudanças climáticas são realmente causadas pela atuação do ser humano.
Com um semblante psicótico de filme juvenil de terror trash, a versão “walking dead” da Malala dirigiu-se aos líderes mundiais em tom altamente ameaçador. Culpou-os pelas eventuais tragédias climáticas que podem vir a se abater sobre a humanidade. Disparou sua máquina verborrágica com toda força e fez o maior sucesso entre os “teens” de oito a 80 anos.
Mas vou pegar leve, pois eu também já fui adolescente um dia. Eu sei muito bem o furor romântico que as causas universais exercem sobre os adolescentes. Quantas vezes eu já deixei de arrumar o meu quarto, lavar as minhas meias e cuecas e limpar o banheiro para me dedicar descobrir a solução dos problemas do mundo! Graças a Deus, eu tive a sorte de não existir rede social naquela época e de ser filho de uma mãe bastante pragmática. A Greta não deu tanta sorte.
Porém, ainda que a tese da total responsabilidade humana pelas mudanças climáticas fosse um fato cientificamente comprovado e indiscutível, nada justificaria tamanho apoio de pessoas “adultas” a tamanha e desproporcional demonstração de ira por parte de uma jovem de apenas 16 anos.
A mera cogitação de se conferir um prêmio Nobel da paz aos arroubos histéricos da adolescência é algo bastante sintomático do mundo infantilizado que nos assombra a todo instante. De fato, eu estou descobrindo que o principal efeito do dióxido de carbono na atmosfera pode ser é a intoxicação dos humanos com alguma espécie de substância que paralisa o desenvolvimento cerebral ainda na fase da adolescência. Acho que a minha descoberta merece um Nobel!