Grupo de Kalil estuda reativar frente de prefeitos no Estado

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Adalclever Lopes (à esquerda) acredita que Kalil pode ganhar visibilidade no interior se comandar frente de prefeitos Foto Foto: ALEX DE JESUS - 13.2.2019
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O grupo político de Alexandre Kalil (PSD) estuda reativar a Frente Mineira de Prefeitos (FMP) e articular para que o prefeito de Belo Horizonte seja eleito presidente da associação. A iniciativa marcaria o esforço mais visível para tentar aumentar a influência de Kalil no interior, já visando às eleições de 2022.

Como mostrou a pesquisa DataTempo/CP2, o prefeito de Belo Horizonte é forte na região metropolitana, onde venceria Romeu Zema (Novo) numa eventual disputa pelo Estado hoje. No entanto, Kalil tem dificuldades no interior, onde o governador tem bom desempenho.

Nos últimos meses, Zema tem tido uma intensa agenda de viagens pelo Estado, anunciando principalmente obras que serão feitas com recursos do acordo com a Vale, enquanto a repercussão da administração de Kalil é limitada às cidades mais próximas da capital mineira.

“Estamos analisando se vale a pena reativar essa frente. Nós estamos olhando a documentação para ver se está legal, se está tudo certo. É só uma ideia, ainda não tem nada definido”, disse o secretário de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte, Adalclever Lopes (MDB), que também atua como articulador político de Alexandre Kalil.

Trajetória

Inativa desde o início de 2019, a FMP reúne prefeitos de cidades com mais de 35 mil habitantes. Formalmente, eram 80 municípios filiados à iniciativa, mas as demais prefeituras, inclusive de municípios menores, eram incentivadas a participar dos encontros “para troca de experiências sobre os problemas e soluções administrativas”, segundo a página da associação no Facebook.

O último presidente foi o ex-prefeito de Contagem Alex de Freitas. O site da associação está fora do ar desde o início de 2019, e a última publicação nas redes sociais havia sido em outubro de 2018. Procurado, Freitas não atendeu as ligações nem respondeu às perguntas enviadas por mensagem.

Segundo apurou O TEMPO com pessoas familiarizadas com a situação da FMP, do ponto de vista jurídico, o ex-prefeito de Contagem ainda é o presidente, mesmo com o mandato vencido, já que não foram convocadas novas eleições. Dessa forma, para Kalil assumir à presidência, seria necessária a realização de um novo pleito.

Trunfo

O apoio dos prefeitos é visto como um ativo valioso para as candidaturas ao governo de Minas por causa da capilaridade deles em todo o Estado. Além disso, segundo a pesquisa DataTempo/CP2, a avaliação das atuais administrações municipais pela população é positiva, o que impulsiona a capacidade dos prefeitos de atuar como cabos eleitorais.

Atualmente, a principal entidade que reúne prefeituras é a Associação Mineira de Municípios (AMM), presidida pelo ex-prefeito de Moema Julvan Lacerda (MDB). Apostando em sua influência junto aos mandatários municipais, ele cogita ser candidato ao Senado ou até mesmo ao governo de Minas.

Pesquisa 

Segundo a DataTempo/CP2, Kalil ganha de Zema na Grande BH por 38,9% a 29,8%. O governador tem números melhores em outras 10 de 12 regiões do Estado.

Fonte: O Tempo

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