Grupo de extermínio tinha arsenal de armas, monitoramento e preço tabelado

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FOTO: Polícia Federal / Reprodução

Preço variava de R$ 50 mil a R$ 250 mil conforme “função” das vítimas, segundo a PF

Um documento apreendido pela Polícia Federal (PF) mostra que o grupo criminoso Comando C4 (Comando de Caça aos Comunistas, Corruptos e Criminosos) tinha uma organização documentada sobre os itens de espionagem e monitoramento, arsenal de armas e até tabelas de preços para os “serviços” da organização.

Os valores para monitoramento e assassinato estão em tabela:

Figuras normais R$50 mil

Deputados R$100 mil

Senadores R$150 mil

Ministros/Judiciário R$250 mil

Na parte de material, o arsenal de armamento passa por 5 fuzis de snipper com silenciador, 15 pistolas com silenciador, munições, lança-rojão, explosivos de detonação remota e 2 fuzis lançadores de dardos, utilizados em captura de animais.

O grupo também descreve dos artifícios utilizados para monitorar os alvos era fazer uma “isca” – que no documento aparece como “utilização de garotas e garotos de programas”. A atividade é considerada “diversos custos”.

Nesse mesmo item, o documento descreve o aluguel temporário de imóveis, compra de perucas e bigodes para disfarces, além do uso de drones.

Comando C4

As investigações da PF chegaram até o grupo depois do assassinato em 2023 de Roberto Zampieri. Ao apreender o celular do advogado, a polícia soube que poderia ser um intermediador de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O grupo criminoso teria ligação com a morte do advogado. Nesta quarta-feira (28), a operação da PF prendeu cinco suspeitos de envolvimento no assassinato e cumpriu seis mandados de busca e apreensão.

A apuração do caso tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), com a relatoria de Cristiano Zanin.

Com informações do portal CNN

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