Documento lido no encerramento do evento defende formalização do consórcio e atuação conjunta para atingir os objetivos da região
Os governadores dos sete estados integrantes do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) encerraram o 8º Encontro do grupo, neste sábado (3/6), em Belo Horizonte. Após a apresentação dos resultados de cada um dos 12 Grupos de Trabalho (GTs) pelos secretários e representantes – etapa que ganhou mais protagonismo nesta edição, os chefes do Executivo fizeram um balanço das pautas e avanços desta edição. Ao final, a Carta de Belo Horizonte – documento com compromissos firmados durante os dois dias de debates, assinado pelos sete governadores das regiões Sul e Sudeste. – foi lida pela secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), Elizabeth Jucá. Na carta, os governadores dos sete estados renovaram e fortaleceram seus compromissos de atuação conjunta e cooperativa, em defesa da liberdade, da geração de emprego e renda, além da responsabilidade fiscal. O documento também reitera o pedido de formalização do consórcio, solicitando aos presidentes das Assembleias Legislativas estaduais e aos respectivos parlamentares que essa medida seja aprovada rapidamente, o que fortalecerá a atuação conjunta dos estados. Uma vez formalizado, o Cosud será o maior consórcio de estados do Brasil.
Clique aqui para conferir, na íntegra, a carta de compromissos (PDF)
Representatividade do Cosud O último dia de programação também contou com um debate entre os chefes do Executivo de cada estado, ocasião em que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deixou uma mensagem de otimismo, pontuando algumas conquistas significativas para o país nos últimos dez anos. “A lei de responsabilidade fiscal faz parte desses avanços. Qualquer país do mundo que deu certo teve o compromisso com a responsabilidade fiscal. A independência do Banco Central foi outro avanço, seguido da lei das estatais, o marco do saneamento e autorização das ferrovias”, enumerou Zema. “Aqui no Cosud, trabalhamos em conjunto, temos muitas pautas em comum, compartilhamos aquilo que funciona bem e que dá certo. Isso é o que todos os brasileiros querem: o Brasil da renda, do emprego, que dá autonomia, independência e dignidade às pessoas”, completou. Em sua participação, Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, afirmou que o consórcio deve ser um grande instrumento para ajudar o país, uma vez que os governadores, nos últimos anos, ganharam expressivo protagonismo. “Da noite para o dia, fomos obrigados a buscar soluções para problemas jamais enfrentados, como a pandemia de covid-19. Foram exigidas medidas rápidas, sem os devidos apoios. Demos conta. Por isso, devemos usar cada vez conquistas para fazer o melhor para a nossa população”, disse. Para o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o Cosud está diante de grandes oportunidades, já que o início do segundo ciclo é a prova de que o consórcio venceu a etapa da sua instalação. “Essas oportunidades devem nos aproximar mais. Devemos esquecer essa ideia de atuarmos de forma isolada, para colocarmos em prática os ideais da complementariedade”, explicou. Por sua vez, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, ressaltou que é importante que os governadores estejam unidos para resolver os diversos problemas, muitas vezes comuns, para que o país consiga crescer com maior dinamismo. “A inovação deve estar cada vez mais presente na elaboração e no funcionamento das políticas públicas. Trabalhar de forma integrada é o melhor caminho na busca de resultados”, disse. Contribuir ainda mais para os interesses da população é um dos compromissos a serem cumpridos pelo consórcio, disse o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. “Queremos reforçar a grandeza do encontro e reafirmar que o nosso desejo é o de não ter supremacia em nada. Todos nós – juntos – representamos mais de 50% da população do nosso país, e essa sintonia é uma forma inteligente e respeitosa de nos juntarmos para defender os interesses do povo”, afirmou. Por sua vez, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mostrou otimismo com o futuro do consórcio e destacou a importância dos grupos de trabalho e de ter áreas integradas para que os Estados estejam cada vez mais alinhados em pautas que contribuam para o desenvolvimento das regiões. “É preciso olhar as ações dos governos de forma integrada. Estou muito animado para que o Cosud possa representar a nossa população”, pontuou. Coordenação do consórcio Ainda durante a cerimônia de encerramento, Romeu Zema anunciou que Ratinho Junior, governador do Paraná, foi escolhido para ser o primeiro coordenador do Cosud, posto que ocupará por 12 meses, a partir de 1º de janeiro de 2024. A cada ano, um novo governador será designado para a coordenação do consórcio, em um sistema de revezamento que estabelece que o vice-coordenador será o mandatário de um estado da outra região. Portanto, neste primeiro momento, com a coordenadoria a cargo de um governador do Sul, a vice-coordenadoria será desempenhada por um governador do Sudeste. O coordenador do Cosud enalteceu a qualificação dos gestores públicos que compõem os quadros dos estados e que isso representa uma importância histórica. “Precisamos construir de forma conjunta um projeto para o desenvolvimento das respectivas regiões”, observou o paranaense. O Cosud volta a reunir os governadores dos estados das regiões Sul e Sudeste, daqui a 90 dias, no estado de São Paulo.