Depois de conversar sobre possível apoio do prefeito Fuad Noman, ele concorreu com o aval do grupo do deputado Marcelo Aro e venceu por um voto de diferença.
O vereador Gabriel Azevedo (sem partido) é o novo presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele foi eleito nesta segunda-feira (12/12), com votos de 21 dos 41 parlamentares com mandato. Ele derrotou Claudiney Dulim (Avante), apoiado por 20 vereadores e candidato do prefeito Fuad Noman (PSD). O novo presidente irá assumir no dia 2 de janeiro do próximo ano.
A eleição desta segunda-feira foi marcada por reviravoltas nos bastidores, acusações públicas e até mesmo um princípio de tumulto físico no plenário da Casa.
O voto de minerva foi de Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD), do partido de Fuad. Vereadores acusaram colegas de tentarem coagir Bibiano a abandonar o grupo da prefeitura para embarcar na coalizão de Gabriel, em quem ele acabou votando.
Do lado da base governista, havia articulações em torno de Bruno Miranda (PDT), líder de Fuad Noman no parlamento. Gabriel Azevedo também despontava como possível representante da coalizão do prefeito. Na reta final das tratativas, contudo, e em meio à ida de Gabriel para o grupo de Aro, Miranda abriu mão da candidatura em prol de Claudiney Dulim.
“Agradeço a Deus por esse momento. Agradeço ao PSD por ter me acolhido nestes dois mandatos, mas meu voto é pela liberdade: chapa dois (a de Gabriel)”, disse Bibiano, ao votar. Momentos antes, Léo Burguês (União Brasil), um dos aliados de Fuad, afirmou que o colega fora trancado em uma sala da presidência da Câmara para que seu voto fosse mudado.
Após o voto de Bibiano, o grupo de Gabriel Azevedo irrompeu em alegria no plenário. Aos gritos, a presidente Nely Aquino, que vai deixar a Casa para assumir mandato de deputado federal, comemorou o triunfo. Em êxtase, ela também bateu à mesa.
Grupo de Fuad protesta
Os contornos da eleição da Câmara deixaram insatisfeitos os vereadores ligados a Fuad Noman. Claudiney Dulim afirmou ter se lançado na disputa para defender “o diálogo e a convergência”.
Leia mais:
Diplomação desta segunda-feira é teste de fogo para posse de Lula
Ao se pronunciar, Dulim afirmou que a candidatura de Juliano Lopes foi “violentamente retirada” pela outra ala da Câmara. Juliano, por sua vez, relatou ter saído da disputa por causa de colegas que haviam lhe sinalizado apoio, mas mudaram de ideia.
Com informações do Portal Uai