Após dias de tanta comoção e consciência ecológica por causa das queimadas na Amazônia, cheguei a achar que vivia um sonho, mas logo despertei para uma realidade aqui mesmo em nossa cidade, nosso quintal, onde muitos desses ecologistas virtuais não colaboram sequer separando o lixo do material reciclado em suas casas, e, por muito pouco, dão um jeitinho de cortar os oitis da frente de suas casas.
Gosto de animais e plantas e sou um admirador da natureza, e acredito que se cada um fizer um pouco, teremos grandes resultados, mas sem exageros, e por isso pergunto: Porque será que maioria da população não se incomoda com uma agressão ao meio ambiente aqui mesmo em nossa cidade, e pior, uma séria ameaça a nossa saúde.
Governador Valadares, a maior cidade do leste de minas, ainda não encontrou uma solução para o descarte de lâmpadas fluorescente, baterias e pilhas. Esta confirmação se deu após contato com uma Cooperativa que trabalha com a coleta seletiva na cidade, a Ascanavi, (Associação dos Catadores de Materiais Reciclados), e a informação é que esta Cooperativa não coleta lâmpadas fluorescentes.
Também procurei o Serviço de Limpeza Urbana da cidade e confirmaram que o município não conta com nenhum serviço de coleta e destinação correta destes materiais, o que é preocupante.
O impacto gerado sobre o meio ambiente, decorrente de uma única lâmpada mal descartada pode soar de modo desprezível, no entanto, em se tratando de uma cidade com pelo menos 290 mil habitantes, e sem nenhuma preocupação de nossas autoridades com esta questão, fica claro tratar-se de mais um problema de saúde pública a ser somado a tantos outros, já que estas lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio e chumbo, altamente nocivos à saúde do organismo e do meio ambiente. No aguardo de algum pronunciamento de nossas lideranças. Mas sentado.