O deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG), membro da Comissão Externa de Fiscalização das Barragens da Câmara dos Deputados, foi uma das vozes mais ativas na defesa dos direitos das populações afetadas pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem em Mariana (MG). Morador de Governador Valadares, uma das cidades mais impactadas pelo crime ambiental, Monteiro desempenhou papel central na assinatura do acordo de repactuação do crime, defendendo que os componentes fossem efetivos e prioritários para as comunidades afetadas ao longo da bacia do rio Doce.
A presença de Leonardo Monteiro nas negociações foi marcada pelo compromisso com a justiça social e pela exigência de que os atingidos pelo desastre fossem protagonistas no processo. “Não é justo que as comunidades sofram com os danos irreparáveis e fiquem de fora das decisões que afetam o seu futuro”, afirmou Monteiro durante as sessões da Comissão Externa. Sua atuação refletiu a luta para garantir que os recursos do acordo fossem destinados diretamente às cidades afetadas, com investimentos específicos em recuperação ambiental, infraestrutura e assistência social para os moradores.
Monteiro ressaltou que o acordo é um passo importante, mas que a justiça só será feita se as comunidades tiverem voz ativa no acompanhamento da aplicação dos recursos e na fiscalização das promessas firmadas pelas mineradoras. “Não podemos permitir que esse acordo seja mais uma promessa vazia”, disse o deputado.
O relatório final da Comissão Externa incluiu uma proposta visionária do deputado Leonardo Monteiro: a criação da Universidade Federal do Vale do Rio Doce, a partir da emancipação do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Governador Valadares. Para Monteiro, esta proposta é uma forma de potencializar o desenvolvimento da região e gerar novas oportunidades para a juventude e toda a população local. “Educação e desenvolvimento são as maiores garantias de que a nossa região terá um futuro melhor”, comentou o deputado.
A criação de uma universidade federal voltada para a região representaria um marco na formação de mão de obra desenvolvida, além de abordagens focadas nas necessidades locais, como a recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável. A proposta foi bem recebida por muitos membros da comissão e pelo apoio de lideranças e movimentos sociais da região.
Para o deputado, o compromisso com as peças do crime de roubo pelas mineradoras vai além da assinatura do acordo. Monteiro afirmou que continuará fiscalizando o cumprimento das obrigações assumidas pelas empresas pelos responsáveis e garantirá que cada centavo do recurso seja destinado à proteção das comunidades e à proteção ambiental.
“Nosso mandato vai continuar acompanhando o acordo para que as peças ambientais, sociais e econômicas de fatos ocorridos”, destacou o deputado. Segundo ele, uma fiscalização será essencial para evitar que os interesses econômicos das mineradoras prevaleçam sobre os direitos da população e a justiça para as comunidades atingidas.
O futuro da bacia do Rio Doce
A atuação de Leonardo Monteiro é vista como fundamental para um processo de reposição justo e eficaz. Governador Valadares, cidade que o deputado chama de lar e um dos locais mais afetados pela tragédia, representa o epicentro da luta por justiça. Sua trajetória como defensor das causas populares e dos direitos dos trabalhadores reflete um compromisso firme com a transformação da bacia do rio Doce, afetada não apenas pela perda ambiental, mas também pela crise econômica e social provocada pelo desastre.
A participação de Leonardo Monteiro no Acordo de Repactuação do Crime das Mineradoras em Mariana solidifica sua imagem de líder comprometido com as causas sociais e com o desenvolvimento sustentável das comunidades que representa. Sua defesa do protagonismo das populações atingidas e sua proposta de criação da Universidade Federal do Vale do Rio Doce são iniciativas que vão além da política tradicional, mostrando uma visão de futuro para a bacia do rio Doce.