A recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República , anunciada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, eliminou a alternativa favorita do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para tentar impedir a entrada de André Mendonça na vaga do Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, Alcolumbre ainda pretende impedir Mendonça, seu desafeto e indicação de Bolsonaro, de assumir.
Alcolumbre tenta se articular com demais senadores para não aprovarem o nome indicado por Bolsonaro inicialmente. A ideia dele é fazer com que os senadores não se empolgam com outra indicação que não o próprio Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado.
Desde que a ideia de Pacheco no STF foi comentada em um jantar em que estavam senadores como Katia Abreu (PP-TO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), Alcolumbre insiste na ideia.
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Nas últimas semanas, o presidente da CCJ tem telefonado para senadores, pedindo que não recebam Mendonça
e nem votem a favor dele. Além de serem desafetos, Alcolumbre também estaria chateado por não ter tido apoio de Bolsonaro para permanecer como presidente do Senado.
Enquanto isso, André Mendonça continua fazendo campanha pelo cargo de ministro do STF. Na última terça-feira, 20, ele foi a Goiania para encontrar com os senadores Vanderlan Cardoso (PSD) e Luis do Carmo (MDB). Na semana passada, participou de um jantar na casa do ex-advogado-geral da União Fábio Medina Osório, com os senadores Rose de Freitas (MDB-ES), Eduardo Gomes (MDB-TO), Nelsinho Trad (PSD-MS) e Lucas Barreto (PSD-AP).