Como golpistas fizeram 35 mil alunos acharem que estavam inscritos no Enem e levaram R$ 3 milhões

0
3
Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra quadrilha apontada como responsável por sites. Investigação começou depois de denúncia de estudantes que tinham feito inscrição, mas não constavam na lista e acabavam perdendo a prova.

Golpistas conseguiram lucrar R$ 3 milhões e enganar mais de 35 mil alunos aplicando golpes em interessados em se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Assim como antecipado pelo g1, os golpes envolviam a criação de sites falsos e o direcionamento do valor da taxa, de R$ 85, pago pelos alunos, à conta dos criminosos.

A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira (10) a operação “Só Oficial” para desarticular uma quadrilha. Segundo as investigações, os estelionatários montaram portais similares ao do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e os divulgaram via anúncios patrocinados nas redes sociais para atrair estudantes.

A investigação começou após relatos de que candidatos haviam feito o pagamento da taxa e não constavam como inscritos no sistema do Inep, órgão responsável pela prova.

Como o golpe foi aplicado

De acordo com a PF, os criminosos agiam criando páginas falsas que induziam o aluno ao erro na hora de se inscrever. Veja:

  • Os golpistas criavam um site que tinha aparência idêntica à da Página do Participante, induzindo os estudantes a acreditar que estavam em um canal oficial do governo federal.
  • Nessas páginas, os estudantes eram orientados a preencher dados pessoais, como CPF e informações escolares, e, ao final, eram direcionados a fazer o pagamento da taxa.
  • A diferença é que, em vez de gerar um boleto bancário oficial vinculado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os sites falsos emitiam boletos ou chaves Pix que direcionavam o dinheiro para contas controladas pelos golpistas.
  • Os golpistas ainda divulgavam os sites falsos por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, atraindo candidatos que estavam em busca do link de inscrição.

Prejuízo e investigação

A PF aponta que os pagamentos feitos por meio dos sites falsos não chegavam ao Inep — e, por isso, os estudantes acabavam não sendo inscritos no Enem.

Com informações do Portal G1

- Publicidade capital -