Presente na sessão de hoje(14), Magalhães também votou a favor da abertura do processo. A presidente Nely Aquino (PRTB) não votou. Estava ausente apenas Flávio dos Santos (Pode), alvo de outra denúncia que tramita na Casa, em que é acusado da prática da “rachadinha”.
Comissão
A comissão processante que vai analisar a denúncia tem até 90 dias para concluir o relatório que poderá pedir a cassação ou inocentar Wellington Magalhães da acusação de desvio de dinheiro público, ameaça de autoridade e tráfico de influencia, crimes que segundo os autores das denúncias, configuram quebra de decoro parlamentar. Outro argumento é que ele usa tornozeleira eletrônica.
Em sorteio foram escolhidos para integrar a comissão processante: Maninho Felix (PSD), Preto (DEM) e Elvis Côrtes (PHS). Em reunião, o grupo definiu que a presidência fica com Preto e a relatoria com Côrtes.
Acompanhar de perto
Em rápida entrevista à imprensa, o vereador Wellington Magalhães disse que vai acompanhar todas as reuniões da comissão processante – exceto quando tiver outra agenda.
Ele também negou que vá renunciar ao mandato, conforme sugerido por colegas durante a reunião plenária. “Fui o segundo mais votado em Belo Horizonte, renunciar jamais”, disse.
O parlamentar não quis opinar sobre possíveis resultados no processo. “Quem falar de resultado agora está jogando para a imprensa. Não posso ser cassado pela imprensa, eu não tenho uma condenação até hoje”, argumentou.
Sobre as gravações em que ele aparece fazendo ameaças ao procurador de Justiça Leonardo Barbabella e ao colega Mateus Simões, afirmou que trata-se de falas do passado “editadas”. “É mais um desabafo, não é questão de ameaçar ninguém”.
Repercussão no plenário
No plenário, o vereador Gabriel Azevedo (Sem partido) defendeu que Wellington Magalhães renunciasse ao mandato para evitar uma série de constrangimentos, tanto para a família dele como para aliados na Casa. “Renuncie! Vamos abreviar isso hoje”, disse. O vereador ainda afirmou que o clima de medo que vem tomando os corredores não vai dar o tom da investigação.
“Aconteça o que acontecer, e tem acontecido muita coisa, mas essa Casa não vai se pautar pelo medo”, disse. Ainda coube a Gabriel fazer a defesa de Mateus Simões: “exemplo de retidão e de boa política”.
Outro a encaminhar para que a comissão processante fosse criada foi o vereador Gilson Reis (PCdoB). Ele afirmou que o momento será a oportunidade de Magalhães tentar se livrar do processo na Câmara. “Encaminho pelo sim, para que haja o amplo direito de defesa e para que possam ser investigadas as denúncias e também possa ser garantido o direito de defesa ao vereador”.
As informações são do Portal Uai