Brasileiros insultaram e agrediram Alexandre de Moraes na Itália

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Foto: divulgação
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Agressores que estavam no embarque do aeroporto de Roma são da mesma família e moram no interior de São Paulo

Os três brasileiros investigados pela Polícia Federal por insultar o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional Fiumicino, em Roma, são da mesma família e moram em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo. Andréia Munarão, Roberto Mantovani Filho e Alex Zanatta Bignotto voltavam ao Brasil de férias na Itália quando cruzaram com o ministro na sala de embarque do terminal.

Andréia é esposa do empresário Roberto Montovani Filho são casados. Já Alex Bignotto é casado com a filha de Mantovani. A família mora em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo, e controla empresas na região. Bignotto é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.

Em 2020, Mantovani destinou R$ 19 mil a campanhas eleitorais e ao PSD de Santa Bárbara D’Oeste. O empresário doou R$ 4 mil para a campanha eleitoral de José Antonio Ferreira, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara D’Oeste pelo PSD. O “Dr. José” não foi eleito. Mantovani ainda transferiu R$ 11 mil à direção do PSD na cidade.

No mesmo ano, o empresário contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do PTB, à prefeitura de Socorro, município do interior do Estado. Mantovani cedeu um imóvel para ser usado como comitê. Ricardo Lopes foi eleito. Mantovani tem preferido não comentar o episódio antes de prestar depoimento à PF para não comprometer a sua situação diante das investigações. Ao ser procurado pela imprensa, afirmou também querer evitar o que chamou de “revanchismo”.

Apesar de ter sido apontado como agressor do filho do ministro do STF, o empresário disse considerar que o ocorrido “não foi nada extraordinário” e que prefere aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido. “Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento”, afirmou ao Estadão.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos. Segundo o empresário Roberto Mantovani, eles foram abordados e identificados na chegada ao aeroporto de Guarulhos (SP).

Repercussão

Ainda nesse sábado (15), diversos políticos e autoridades em Brasília se solidarizaram a Alexandre de Moraes pelas redes sociais. O Supremo Tribunal Federal informou que não se pronunciaria sobre o caso. (Com Estadão Conteúdo e Portal O Tempo)

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