Em contato com o Superesportes, o empresário André Cury, representante do Cruzeiro na negociação, detalhou como será a operação financeira. Segundo o agente, o Flamengo pagará, ao todo, 18 milhões de euros (R$ 76,5 milhões) por 70% dos direitos econômicos de Arrascaeta.
Desse valor, o Cruzeiro receberá 13 milhões de euros (R$ 55,2 milhões), já que detém 50% em parceria com a rede varejista Supermercados BH. Os outros 20% custarão 5 milhões de euros (R$ 21,25 milhões) e correspondem à fatia do Defensor-URU. O tempo de contrato de Arrascaeta com o rubro-negro será de cinco temporadas, até dezembro de 2023.
Mais cedo, também em entrevista à reportagem, Cury já havia afirmado que a venda seria, proporcionalmente, a mais cara do futebol mineiro. Em 2013, Bernard foi negociado pelo Atlético ao Shakthar Donetsk, da Ucrânia, por 25 milhões de euros (R$ 77 milhões na cotação da época). O valor desembolsado pelos ucranianos comprou 100% dos direitos do atacante, atualmente no Everton, da Inglaterra.
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Vale ressaltar que não houve perdão da dívida do Cruzeiro de aproximadamente R$ 3 milhões com o Flamengo pela compra do argentino Federico Mancuello (US$ 1,8 milhão por 60% dos direitos econômicos). Os cariocas também não assumirão os débitos do clube celeste referentes às aquisições de Arrascaeta ao Defensor-URU (cerca de R$ 5 milhões) e Gonzalo Latorre ao Atenas-URU (aproximadamente R$ 13,7 milhões).
A novela envolvendo Cruzeiro, Flamengo e Arrascaeta teve início na última quinta-feira, dia 3. O agente do meia-atacante, Daniel Fonseca, apresentou a primeira proposta dos cariocas, recusada pela Raposa. Sem acordo, o jogador foi orientado por seu empresário a não se reapresentar na Toca II. O imbróglio ficou ainda maior com troca de acusações e xingamentos entre dirigentes do clube mineiro e representantes do camisa 10 (veja detalhes dos episódios no espaço ‘leia mais’ desta reportagem).
Destaque da Libertadores de 2014 pelo Defensor-URU, Arrascaeta foi contratado pelo Cruzeiro em janeiro de 2015, ainda na gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares. Natural de Nuevo Berlín, na Região Oeste do Uruguai, o camisa 10 disputou 188 jogos pela Raposa e marcou 50 gols. Ele é o maior artilheiro estrangeiro da história do clube.
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