O secretário de Governo aponta que federação estará com outro candidato apenas caso ele deixe o partido, o que não seria hoje uma realidade
Pré-candidato ao Senado, Aro frisa que faz parte da federação partidária União Brasil-PP e que estará na chapa encabeçada por Simões. “É impossível o meu partido não estar e eu estar”, responde o ex-deputado federal. “A única hipótese disso não acontecer é eu sair da federação, o que não é uma realidade hoje. Obviamente nós estamos falando do cenário atual. (…) Se amanhã eu não estiver no PP, aí há uma nova discussão, mas não é a realidade hoje”, emenda.
O secretário de Governo trata uma eventual filiação de Pacheco ao União para ser candidato ao governo como uma “fake news”. “O presidente (nacional do PP) Ciro (Nogueira) não convidou o senador Rodrigo Pacheco para ser candidato. Pelo contrário, tenho conversado com o senador Ciro Nogueira semanalmente. Sou vice-presidente nacional do PP. Então, tenho uma relação muito próxima com o Ciro e com o (presidente nacional do União, Antonio) Rueda”, observa ele.
No entanto, em entrevista a O Estado de S. Paulo, o próprio Ciro disse que ele e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), braço direito de Pacheco, convidaram o senador para se filiar ao partido. A decisão em embarcar no União passaria pela escolha de se candidatar ou não ao governo de Minas Gerais. Sem palanque no Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já disse diversas vezes publicamente que quer o senador como candidato.
Aro acrescenta que as discussões pelo apoio da federação a Simões também são mantidas com os presidentes estaduais do União e do PP, respectivamente, os deputados federais Marcelo Freitas e Pinheirinho. “Todos já referendaram a minha pré-candidatura – obviamente, lá na frente, uma candidatura – ao Senado Federal. Então, isso não faz sentido. Por isso, evito ficar falando de situações vãs, que não vão se concretizar”, diz o vice-presidente nacional do PP.
Com a federação partidária e o Podemos incluídos, o pré-candidato ao Senado projeta que, hoje, Simões teria o maior tempo de rádio e TV na campanha eleitoral apesar de o Novo ter descumprido a cláusula de barreira. “Se está ruim para o Mateus, imagina para os outros. Qual o tempo de TV do Rodrigo Pacheco hoje? Qual o tempo de TV do Cleitinho, se for candidato? Qual o tempo de TV do Nikolas (Ferreira)?”, responde Aro.
Ao ser questionado sobre uma composição com o PSD, partido de Pacheco, Aro pontua que as conversas com outras legendas são embrionárias. “Ainda faltam 16 meses para a eleição. (…) Claro, nós temos que avançar na conversa com outros partidos, mas isso vai ocorrer ao longo deste ano e do ano que vem. Nenhuma conversa vai ser terminativa agora. Nunca vi uma eleição se definindo com 16 meses de antecedência”, pondera.
Embora o PSD esteja em compasso de espera por Pacheco, interlocutores do partido, que faz parte da base do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), tratam uma composição com Simões como uma hipótese para 2026 caso o senador opte por não se candidatar ao Palácio Tiradentes. Presidente estadual do PSD, o deputado estadual Cássio Soares lidera o bloco de governo, por exemplo.
Com informações do Portal O Tempo