O vereador de Belo Horizonte Flávio dos Santos (Podemos) participa na tarde desta quarta-feira (3) de uma audiência na Justiça do Trabalho após um homem que admite ter sido funcionário fantasma na Câmara Municipal e atuava como empregado do parlamentar denunciar o vereador. Renato Deodato foi até à Justiça depois de ser acusado de ter furtado R$ 7.000 na casa de Santos. “O Renato trabalhava na casa do vereador como faz tudo e em determinado momento esse vereador deu falta de R$ 7.000 dentro da residência e primeira pessoa que ele acusou foi o Renato. O meu cliente negou os fatos, mas foi duramente reprimido pelo vereador. Diante dessa injusta acusação, fui procurado para tentar contornar essa situação”, afirmou o advogado Marcos Dornelas. Segundo o advogado, Deodato fazia todos os serviços particulares inerentes a uma pessoa no cargo de empregado doméstico, apesar de ser nomeado como assessor parlamentar desde junho de 2018. Deodato nunca trabalhou como assessor. “Toda função e trabalho que ele fazia era empregado particular”, destacou. Ainda de acordo com Dornelas, para a Câmara Municipal, Deodato era de fato um funcionário fantasma, mas não para o vereador, uma vez que ele havia o vínculo empregatício de forma doméstica. Segundo o processo, uma outra funcionária de Santos preenchia a suposta folha de ponto de Deodato e o obrigava a assiná-la. Marcos Dornelas pede no processo uma reparação de R$ 50 mil por danos morais provenientes da acusação de furto, além do reconhecimento do vínculo desde o momento em que ele trabalhava a dia para o vereador até março deste ano já com aviso prévio, verbas rescisórias, FGTS, 13º, férias e horas extras já que ele também trabalha fim de semana.
Respostas
A reportagem procurou o gabinete do vereador, mas foi informada que não haveria ninguém para responder as acusações no momento. Já a Câmara Municipal de Belo Horizonte se negou a repassar informações sobre o quadro de funcionários para “não expor e prejudicar as investigações em curso”. Entretanto, a assessoria de imprensa da Casa alegou que continua cooperando com os órgãos de controle referente às informações solicitadas.
As informações são do portal o Tempo