As constantes inundações em Governador Valadares, intensificadas pela crise climática global, exigem soluções estruturais urgentes e inteligentes. Em vez de apenas remediar os danos, a cidade tem diante de si uma oportunidade rara: transformar um problema crônico em fonte permanente de desenvolvimento, renda e segurança hídrica. A construção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) pode ser o caminho para isso — e o melhor, sem custo direto para os cofres públicos.
A urgência de uma resposta à crise climática
Nos últimos anos, as inundações em áreas urbanas e rurais de Valadares têm se tornado cada vez mais frequentes e devastadoras. E isso não vai parar. Com o avanço do aquecimento global, eventos extremos como enchentes, secas e queimadas deixarão de ser exceção e se tornarão a regra. A cidade precisa, urgentemente, de infraestrutura resiliente.
No mundo inteiro, governos estão investindo pesado para conter os impactos das mudanças climáticas. A criação de um lago artificial por meio da construção de uma PCH no Rio Doce, alguns quilômetros abaixo da cidade, pode funcionar como uma contenção permanente. Esse lago manteria um nível de água constante, evitando as oscilações que hoje causam alagamentos. Em momentos de excesso hídrico, adutoras poderiam escoar o volume excedente com segurança.
Uma solução com retorno garantido e sem custo público
Diferente de muitas obras públicas que exigem vultosos investimentos do Estado, este projeto pode ser viabilizado inteiramente pela iniciativa privada. Investidores estão cada vez mais atentos às oportunidades no setor de energia, especialmente diante do crescimento da demanda por eletricidade em todo o mundo.
A eletrificação dos transportes, o avanço da inteligência artificial, o uso intensivo de criptomoedas e as novas necessidades de climatização provocadas pela crise ambiental estão pressionando o consumo energético como nunca. Nesse contexto, empreendimentos hidrelétricos tornam-se altamente lucrativos. Após a concessão, a PCH pode gerar lucros diários para os investidores e, ao mesmo tempo, benefícios diretos e indiretos para o poder público por meio da arrecadação de impostos.
Desenvolvimento econômico e social para a cidade
Além da proteção contra enchentes, o lago formado pode ser aproveitado para o turismo, a pesca e o lazer. A arborização da orla e a construção de calçadões para atividades físicas ao ar livre devem ser parte do projeto, promovendo qualidade de vida para a população. Ainda, o lago garantiria o abastecimento de água em períodos de seca, o que será cada vez mais necessário.
A criação de empregos, o aquecimento do comércio local e o estímulo a novas atividades econômicas seriam consequências naturais. Governador Valadares deixaria de ser notícia pelas tragédias e passaria a ser reconhecida como modelo de cidade adaptada às mudanças do século XXI.
Conclusão: a escolha está em nossas mãos
A história mostra que muitas civilizações ruíram diante de crises climáticas por não conseguirem se adaptar. Hoje, no entanto, temos conhecimento técnico e recursos tecnológicos para transformar desafios em oportunidades. A construção da PCH em Governador Valadares é uma dessas oportunidades. É possível proteger a cidade, gerar energia, impulsionar a economia e melhorar a qualidade de vida — tudo ao mesmo tempo.
Resta saber: teremos a coragem e a visão de futuro para transformar essa ideia em realidade?