A sociedade da vigilância que se instalou desde o início da pandemia nos tem revelado cinco fenômenos bastante interessantes:
1-Aos poucos, o saudável medo da morte está se convertendo num doentio medo de viver;
2-A intromissão na vida alheia ganhou status de relevância e consciência social;
3-A responsabilidade com a preservação da própria imunidade e o cultivo de bons hábitos de vida foram transferidos para o próximo e para sociedade;
4-O anseio pelo milagroso “poder de cura” foi retirado das religiões e dos curandeiros, e agora são exigidos dos governos.
5-A mania de imitar europeu nem sempre dá certo. A Europa que se fechou. Achou que venceu. Assim que abriu, o inimigo voltou. E agora ninguém sabe mais o que fazer.
A doença é nova e mortal, fato incontestável, mas a tendência de fugirmos, mais e mais, das nossas responsabilidades individuais é bem antiga.
Infelizmente, daquilo que é inevitável não se consegue fugir!