A acirrada disputa eleitoral pelo Senado; entenda

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Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão

Campos políticos têm se movimentado para tentar garantir maioria na Casa. Maioria de senadores permite avanço em pautas importantes para o governo e para a oposição.

A mais de um ano das eleições nacionais, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já começam a mapear estratégias e candidaturas para o Senado.

Presidentes de partidos e parlamentares de centro têm avaliado que as disputas ao Senado devem ser as mais importantes em 2026.

No próximo ano, cada estado terá direito a eleger dois senadores. Ao todo, serão 54 cadeiras em competição — o que equivale a dois terços da Casa.

O domínio do Senado é um desejo antigo do entorno de Bolsonaro. A oposição defende que a conquista da maioria dos senadores facilitará pleitos importantes, como a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em discurso na sexta-feira (6), durante evento partidário do PL, Jair Bolsonaro não escondeu a intenção. O ex-presidente afirmou que, se conquistar a maioria absoluta da composição do Senado (41 cadeiras), o seu grupo político mandará “mais do que o próprio presidente da República”.

O mesmo foi feito pelo presidente Lula, em um discurso no último domingo (1º). Em um congresso do PSB, o petista disse que sua base “precisa eleger senadores”.

“Porque, se esses caras elegerem a maioria dos senadores, vão fazer uma muvuca nesse país”, destacou, na ocasião.

Para além das declarações públicas, os campos políticos adversários já têm se movimentado nos bastidores. O objetivo é idêntico: formar a maior bancada na Casa.

Dentro da estrutura dos Poderes, o Senado tem papel importante na renovação de autoridades, o que define o rumo de decisões em diversas esferas.

➡️Para a oposição, a Casa tem relevância por ser a responsável por sabatinar e aprovar indicações ao Supremo, além de ter a atribuição de abrir e analisar processos de impeachment contra magistrados.

➡️Do lado de Lula, a análise é que manter a predominância de cadeiras aliadas ao governo pode diminuir “solavancos” em um futuro quarto mandato do petista.

Movimentação pré-eleições

O ex-presidente tem conversado com dirigentes partidários de centro e de direita para construir chapas “fortes” ao Senado.

Segundo aliados de Jair Bolsonaro, a tática prevê ter duas candidaturas em cada estado, preenchidas por nomes do PL e de partidos aliados.

Do lado petista, a movimentação também tem ocorrido. O grupo de trabalho eleitoral da sigla decidiu antecipar as discussões sobre o cenário de 2026 e dar início às tratativas sobre apoios ao Senado.

Há expectativa de que o grupo se reúna na próxima segunda-feira (9). A equipe tem trabalhado para elaborar uma espécie de mapa de candidatos com potencial eleitoral para o Senado.

Internamente, dirigentes do PT avaliam que é necessário antecipar o máximo de definições para este ano e entrar no ano eleitoral com candidaturas mais fortalecidas. O objetivo do partido, no fim das contas, é tentar frear o crescimento da oposição dentro do Senado.

Com informações do Portal G1

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