Vacina clandestina: juiz quebra sigilo de dados dos suspeitos
26 de março de 2021A Justiça Federal de Minas Gerais aceitou pedido da Polícia Federal e quebrou o sigilo telemático dos empresários mineiros do setor de transporte suspeitos de importar vacinas da Pfizer sem a posterior doação para o SUS (Sistema Único de Saúde).
O caso foi revelado pela revista Piauí. A reportagem mostrou que políticos e empresários mineiros foram vacinados dentro de uma empresa de ônibus dos empresários Rômulo e Robson Lessa.
LEIA TAMBÉM
PF acha lista com 57 pessoas que teriam sido vacinadas em empresa
PF faz operação na Saritur para investigar vacinação de empresários em BH
Servidora flagra vacinação de empresários em BH
PF investiga empresários mineiros que tomaram vacina escondidos
Os dois e suas empresas de transporte são alvos de busca e apreensão da PF nesta sexta-feira (26).
Com a decisão do juiz Rodrigo Pessoa Pereira da Silva, da 35ª Vara Federal de Belo Horizonte, a PF poderá acessar os dados armazenados na nuvem pelos dois empresários.
Na decisão em que autorizou as medidas, o juiz afirma que a “gravíssima pandemia que assola o mundo e o Brasil” se apresenta como uma guerra que só “se vence com esforço e sacrifício coletivos”.
“Nesse cenário caótico, de evidente escassez de oferta da vacina, indícios de burla à regras de preferência na ordem de imunização são inadmissíveis, especialmente quando, em tese, podem configurar crime”, diz o magistrado.