PBH e governo federal assinam acordo de R$ 65 mi para obras no Anel Rodoviário

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O prefeito Fuad Noman e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertaram nesta quinta-feira (8) os detalhes da liberação de R$ 65 milhões para obras no Anel Rodoviário. Os recursos virão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) para a primeira fase de intervenções na via: a construção de alças de acesso entre o Anel Rodoviário e a BR-040 e a ligação com a Via Expressa.

O anúncio foi feito durante agenda do presidente em Belo Horizonte, que contou com a presença do prefeito da capital. O projeto com as intervenções previstas para o Anel Rodoviário foi apresentado por Fuad Noman ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e ao diretor-geral do Dnit, Fabricio de Oliveira Galvão, em setembro do ano passado.

Foto: Foto: Rodrigo Clemente/PBH

Para o início das obras no trecho com a BR-040 e Via Expressa, foi firmado um convênio com o Dnit, já que o Anel é uma rodovia federal. Instrumento semelhante foi adotado para a construção da área de escape, que evitou 22 acidentes no primeiro ano de inauguração.

As obras foram solicitadas pelo prefeito Fuad Noman em diversas reuniões em Brasília com integrantes do governo federal. O objetivo é compatibilizar a infraestrutura da rodovia às características atuais e projeções para o futuro, oferecendo condições mais adequadas e seguras para a mobilidade.

Vale lembrar que o Anel Rodoviário hoje é palco de uma parcela significativa de acidentes de trânsito no município, especialmente atropelamentos com vítimas fatais. Para se ter uma ideia, em 2022, a Polícia Militar Rodoviária registrou cerca de 730 acidentes com vítimas no Anel Rodoviário, resultando em 60 mortes.

Obras

Ao todo, as intervenções propostas pela Prefeitura de Belo Horizonte envolvem oito pontos do Anel, com recursos do PAC 3. A Prefeitura ficará responsável pela elaboração dos projetos e execução das obras, que incluem a construção ou alargamento de viadutos já existentes, alças viárias e passarelas. O investimento total estimado é de R$ 1,5 bilhão, com recursos do governo federal.

Histórico

O Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo foi construído no início da década de 1960 com o objetivo de desafogar o tráfego de carga que crescia e passava pela região central de Belo Horizonte. No entanto, teve seu uso modificado – principalmente por conta do crescimento populacional da Região Metropolitana – e se tornou um dos corredores de trânsito urbano mais movimentados da cidade.
Com 26,2 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário começa na união das rodovias BR-262 e BR-381, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré, na região Nordeste, e termina no encontro das rodovias BR-040 e BR-356, no bairro Olhos d’Água, na região Oeste.

A rodovia recebe diariamente 130 mil veículos em toda sua extensão, que cruza algumas das principais vias de Belo Horizonte, como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Carlos Luz (Catalão), Pedro II, Via Expressa e Amazonas. 

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