GV vive Alerta para o Rio Doce devido ao risco de alagamentos com chuvas nas cabeceiras

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Foto: ZeCarlos Souza/Jornal Capital dos Vales

As chuvas intensas nas cidades que compõem as cabeceiras do Rio Doce têm colocado em alerta as autoridades e a população das regiões ribeirinhas. O volume significativo de precipitações nos últimos dias tem contribuído para a elevação do nível do rio, trazendo à tona o risco de alagamentos em vários municípios ao longo de sua extensão.

Municípios como Mariana, Ouro Preto e Ponte Nova, localizados nas áreas de cabeceira do Rio Doce, registraram índices pluviométricos muito acima da média. Essa situação tem provocado o aumento expressivo no fluxo de águas que descem para a calha principal do rio, intensificando o risco de transbordamentos e enchentes nas cidades a jusante.

Outra região que esta na bacia e preocupa é o Vale do Aço. Uma trompa d’água atingiu a cidade de Ipatinga no último dia 12 e afetou 85 mil moradores, onze mortes. A região, de acordo com o Posto de Comando do Gabinete Militar, registra no momento 150 pessoas desalojadas e 67 famílias desabrigadas.

Segundo especialistas, o período de chuvas concentradas pode ser atribuído a fenômenos climáticos, como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que frequentemente causa períodos prolongados de precipitação na região sudeste.

O plano de contingência da chuva mobilizou várias secretarias da prefeitura de Ipatinga, o governo de Minas, a Defesa Civil, o Centro de Operações de Defesa Civil (CEDEC), a Policia Militar, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos. A operação de resposta empregou 500 pessoas, 80 máquinas e mais de 30 viaturas.

Cidades como Governador Valadares, Colatina e Aimorés estão monitorando o nível do rio de forma contínua. Em Governador Valadares, por exemplo, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) alerta para a possibilidade de o nível do Rio Doce ultrapassar a cota de transbordo em determinadas áreas. Equipes de Defesa Civil já estão em prontidão para atender possíveis emergências.

Nas áreas mais vulneráveis, moradores vivem em estado de apreensão e já tomam medidas preventivas, como a elevação de móveis e a remoção de bens para locais seguros. Em Aimorés, moradores ribeirinhos relatam a dificuldade de dormir com a ameaça constante do avanço das águas.

“A situação é preocupante. As chuvas não dão trégua, e a cada dia a gente percebe que o rio sobe mais um pouco. É um medo constante”, relatou Ana Maria Silva, moradora de uma das áreas afetadas.

A Defesa Civil reforça a importância de a população ficar atenta às atualizações sobre o nível do Rio Doce e seguir as orientações oficiais. Em casos de necessidade, sirenes de evacuação podem ser acionadas, e abrigos provisórios já estão sendo organizados para receber famílias em áreas de maior risco.

O poder público local também trabalha na manutenção de sistemas de drenagem para minimizar o impacto das enchentes urbanas, além de intensificar campanhas de conscientização sobre como agir em situações de emergência.

Especialistas orientam que os moradores de regiões ribeirinhas sigam alguns cuidados básicos:
Acompanhe os boletins meteorológicos e os alertas da Defesa Civil.

Evite permanecer próximo a áreas de risco, como margens e encostas do Rio Doce.
Prepare um kit emergência com documentos, medicamentos e mantimentos essenciais.
Em caso de emergência, acione imediatamente a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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